Hotéis confortáveis, paisagens cinematográficas e vida cultural intensa. Para muitos, essa é a viagem perfeita. Agora, imagine se a gastronomia fosse o foco da jornada e todos os outros programas, meros adereços?
Com experiência no ramo hoteleiro, a paulistana Daniela Hispagnol foi uma das pioneiras a se dedicar exclusivamente a esse conceito. “Quando era dona do Toro, no Jardim Paulistano, muitos fregueses me pediam dicas de passeios, que eu costumava anotar no verso de um guardanapo”, lembra a empresária. Depois de fechar o estabelecimento espanhol em 2009, ela decidiu criar uma empresa especializada no assunto, a Gouté. Uma das cinco excursões que Daniela programou este ano será liderada por Bel Coelho, responsável pelos fogões do Dui, nos jardins.
Quem também embarca na onda é Tsuyoshi Murakami, chef do premiado Kinoshita. Acostumado a ir ao Japão pelo menos uma vez por ano, ele está organizando uma jornada de oito dias por Kyoto, Hakone, e Tóquio pela Century Travel. “A ideia é apresentar a culinária autêntica do país”, explica.
Em geral, quem procura por este tipo de serviço costuma viajar muito e não abre mão de conforto. “Os clientes são exigentes e buscam experiências inusitadas”, diz Alexandre Cymbalista, diretor da Latitudes. Um de seus próximos destinos, a Itália, tem partida marcada para Outubro. Entre as atrações está um encontro com produtores do célebre vinho barolo, no Piemonte. Uma das atividades favoritas dos gourmets na Toscana é a caça a uma das maiores iguarias do mundo: as trufas que brotam espontaneamente no subsolo de campos e junto a raízes de grandes árvores.